Por Uildo Batista
Lendo o texto A PRESA DE LAURO - nesse mesmo blog – acabei me lembrando de um pitoresco caso que, segundo se dizia na época, ocorreu com nosso ex-prefeito, no segundo ano de seu mandato.
Em certa manhã de segunda feira, Lauro visitava em Cajueiro, distrito da cidade, um velho amigo de campanha, Hamilton Andrade. Entre um papo e outro Hamilton Andrade, que era o administrador daquela localidade, pediu que o ilustre prefeito construísse um ponto de ônibus no distrito, pois os cidadãos dali esperavam achegada dos ônibus de maneira desconfortável; debaixo de sol crepitante ou sob chuvas torrenciais.
Lauro, sempre solícito, aprovou o pedido do administrador distrital, porém considerou-o muito simplista e resolveu então rabiscar em uma folha de papel como seria o futuro ponto de ônibus. Iniciou desenhando uma pequena construção contendo os seguintes aparatos: uma casa circular, com térreo e primeiro andar, onde o acesso para o andar de cima seria feito por uma escada gira-mundo (dando uma volta completa na construção); a parte inferior (térreo) teria uma área de guichê para venda de passagens, com banheiro (feminino e masculino) e uma pequena sala de espera (meio vip). Na parte superior, um bar (drink self) onde os passageiros menos apressados poderiam se deliciar ou tomando um drinque ou saboreando algum petisco. Esse bar teria uma TV com sinal de parabólica acoplado a um DVD. Todos os assentos seriam laterais às paredes (e essas com largos vidros degradês) para que os clientes/passageiros pudessem ter uma visão do seu transporte.
Assim que o prefeito encerrou seu desenho (vamos chamar de planta básica) o também simpático Hamilton Andrade falou sabiamente ao prefeito: “Lauro, meu amigo, você tem boas idéias, mas no ponto de ônibus que precisamos só basta um banco de cimento e uma cobertura de Eternit”.
Essa e outras histórias são passíveis de veracidade, já que compõem o universo do folclore político local. Porém, caso pudesse ser comprovada, talvez esclarecesse o jeito Lauro Assunção de administrar e o que se passava em sua cabeça ao construir sua obra máxima, a famosa “Presa de Lauro”.