terça-feira, 13 de novembro de 2012

TÁBUA DE GRAXA, GUILHOTINA OU RURAL?


Elys Ferreira

Todo ano de eleição é sempre igual. Depois da vitória; comemorações  e repouso. Porém, passada a euforia, é comum ouvirmos as seguintes expressões: “cabeças vão rolar, a rural vai passar, ou, já estão passando graxa na tábua”. Esses termos são usados em alusão ao momento esperado das demissões dos funcionários por hora contratados. Os gestores chamam essa prática de “enxugar a folha de pagamento”, “contenção de despesas”, ou “reorganização do quadro de funcionários”. O que eu chamaria de “voto descartado”. 


O fato é que, bem antes do esperado, a exato um mês após a eleição, as demissões são o “bicho papão” do momento, pois já estão acontecendo, para a tristeza e desespero de muitos que não tem estabilidade.
Segundo “Zé Povinho”, a previsão gira em torno de 250 demissões  (informação extra- oficial).


As vítimas são funcionários que se doaram na campanha, outros que nem tanto, alguns que se mantiveram neutros, outros que apoiaram a oposição, e outros que fizeram “jogo duplo” (esperando obter vantagem nos dois lados).


Mas não só os contratados são atingidos com essa reorganização, pois alguns concursados e efetivos, que se encontravam em desvio de função, tiveram que retornar ao seu lugar de origem do concurso. 
O que é lamentável é que  essas retaliações desestruturam todo o andamento do serviço, pois sabemos da competência, capacidade e desempenho de alguns profissionais que foram demitidos, causando uma tremenda deficiência no setor em que o demitido atuava.


Mas como ninguém é insubstituível, o que nos resta é torcer para que os profissionais que, por ventura vierem futuramente apreencher essas vagas, sejam tão profissionais ou melhores do que os que saíram, para o bem da comunidade.


Portanto, se sua cabeça rolou, a rural passou ou você escorregou na tábua de graxa, eu tenho a dizer: não fique triste. Não encare esse momento como o fim , mas como o começo de uma nova busca, uma esperança que o melhor está por vir, vá em frente, erga a cabeça, dê a volta por cima e lute por uma estabilidade para que daqui há 4 anos, não esteja na mesma situação. Em resumo, enquanto o mundo for mundo, a política for política, e a prefeitura for um “cabide de empregos”, esse tipo de coisa vai acontecer, é normal, nem sempre é aceitável , mas é compreensível. 


Sempre foi assim, e assim sempre será.

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